sábado, 23 de outubro de 2021

O novo Superman: Este é o primeiro personagem LGBTQIA+ representado nos desenhos animados?

Por Amanda Dombrowski 


Foto: Reprodução/DC


Nos últimos dias as rede sociais foram bombardeadas com a notícia de que o novo Superman assumirá ser bissexual. Muitas pessoas se manifestaram negativamente como no caso do jogador de vôlei Maurício Souza, já seu colega de profissão, Douglas Souza, comemorou a importância desse marco.


Mas personagens LGBTQIA+ nos desenhos infantis são representados somente nos dias atuais? Podemos dizer que não. Em 1933 foi lançado um desenho chamado “Flip the Frog” que, em sua última temporada, mostrou um dos primeiros personagens queer. Nos anos 40, Pernalonga beija Hortelino em uma das cenas do desenho animado, mas nesse caso não seria uma conquista da comunidade pois foi retratado como forma de piada.


Já nos anos 50 a forma que personagens LGBTQIA+ eram representados nos desenhos mudou, eles não eram mais vistos como piada mas sim como vilões. Os personagens não eram assumidamente LGBTQIA+, eles eram retratados de forma subjetiva. Hoje consideramos essas representações como “queer bait“, utilizamos esse termo quando personagens LGBTQIA+ são criados de uma forma que não representa a comunidade, mas algumas características dele apontam para isso.


Entre os anos 1990 e 2000, canais exclusivos para desenhos animados foram sendo inseridos na TV à Cabo, transmitindo o famoso desenho “As Meninas Super Poderosas”. Neste programa existia o vilão que era um personagem chamado “Ele”, que era representado por um diabo com traços femininos e era reconhecido como “ele”.


Foto: Reprodução/Cartoon Network

Na sequência o desenho “Hora de Aventura” trouxe as personagens Princesa Jujuba e a vampira Marceline possuíam uma suspeita relação, até que nos episódios finais as duas se beijam e confirmam essa relação. Em seguida o desenho "Steven Universo”, nesse o personagem principal possui amigas extraterrestres que se consideram não-binárias.


Hoje em dia, o público está vendo que muitos personagens de desenhos antigos são da comunidade LGBTQIA+, como: a Velma de Scoob-Doo, que é lésbica e o Bob Esponja, que é assexual. E cada vez mais, como no caso do novo Superman, os criadores de desenhos animados estão se libertando na criação de suas obras de arte e fazendo questão de deixar a comunidade LGBTQIA+ bem representada.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Você conhece o Rico Dalasam?

Por Amanda Dombrowski


Jefferson Ricardo da Silva, mais conhecido como Rico Dalasam, nasceu em Taboão da Serra em 22 de julho de 1989. Ele é cantor, compositor, rapper brasileiro, representante da comunidade LGBTQIA+ e assumidamente homossexual.


Foto: Letras.Mus.Br
 

O rapper fala sobre a aceitação da sexualidade nas músicas "Aceite-C" e “Não Posso Esperar”. Em 2016 lançou o seu disco de estreia intitulado “Orgunga” que faz referência ao “orgulho, negro e gay”. 


Rico Dalasam fez alguns feats famosos durante a sua carreira. O rapper ficou conhecido por conta da participação no clipe de Pabllo Vittar, “Todo Dia”. Além disso, fez produções com Gloria Groove, Rincon Sapiência e Emicida. O artista se impôs no mundo da música e conquistou um espaço no rap, fazendo o seu nome e espalhando música de qualidade em todo o Brasil.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Participe da oficina de saúde mental LGBTQIA+

 Nos meses de outubro e novembro, a psicóloga Jussara Prado, em parceria com a Gataria Group irá realizar uma oficina de saúde mental voltada para o público LGBTQIA+.

Gravações do FridayTalk disponível no Instagram da Gataria. Foto: Arquivo


Por Amanda Dombrowski


Devido a sociedade machista e patriarcal, a comunidade LGBTQIA+ é constantemente bombardeada com mensagens negativas sobre sua natureza afetivo-sexual, além de correr riscos de ser atacada com violência, abuso e discriminação.


"Ser LGBTQIA+ em uma sociedade assim é ameaçar toda essa estrutura, apenas existindo. E tudo isso pode acarretar em sentimentos de medo, culpa e vergonha na pessoa LGBTQIA+, que adoece mentalmente", explica Jussara.


A discriminação do "mundo lá fora" não é o único problema que a comunidade precisa enfrentar. Alguns pessoas vivenciam a homofobia internalizada pois receberam uma criação e cultura praticada dentro da própria família.


Toda essa discriminação prejudica a gestão das emoções, a construção da autoestima e relacionamentos saudáveis. Por isso, a oficina irá trabalhar com diversos temas, como: autoestima, relacionamentos (família, amigos, trabalho, saudáveis ou abusivos), machismo, autorresponsabilidade e independência emocional e outros; além de ferramentas, técnicas e momentos para debates e a partilha de experiências. 


Serão 8 encontros com 2h de duração cada. Os encontros acontecerão aos sábados das 13h30 às 15h30 e terão início em 23 de outubro.


Inscrições com a Psicóloga Jussara pelo Whats:  wa.me/message/QQNF47ARX42LP1

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

VICCO lança o seu primeiro álbum, KAMIKAZE!

    

Foto e Arte: Leopoldo S.


Por Amanda Dombrowski

No dia 24 de setembro deste, VICCO lançou seu primeiro álbum, intitulado KAMIKAZE. Desde o ano passado, o artista já tinha lançado três singles que fazem parte do álbum.


VICCO conta que o álbum foi se construindo durante o tempo. "Eu sabia que queria fazer música indie-alternativa, mas ainda não tinha nada definido como temática e estética", explica ele.


A verdadeira inspiração para cada letra foi as suas experiências do cotidiano, assim, o álbum foi ganhando forma. "Existe um pouco de mim e do que eu vivi em cada verso", conta VICCO.


2020 foi um período difícil para o artista por conta da pandemia, desemprego e depressão, escrever era o seu refúgio. Assim, suas músicas foram surgindo como uma forma de se expressar.


"Hoje, ver que as pessoas se identificam com o que eu escrevo é o que me dá paz. Perceber que a minha arte muitas vezes funciona como um abraço. O meu maior objetivo, no final das contas, foi esse", diz VICCO.

                          Foto: Divulgação


Desafios e alegrias

Para o artista, o maior desafio foi vencer a insegurança quando o single "Achados e Perdidos" saiu, pois nesse momento ele ainda não tinha uma persona artística.


Porém, durante o processo de criação do álbum, ele foi se construindo, perdendo o medo de cantar, de ser visto e de ser o centro das atenções. "Eu acho que o maior legado de KAMIKAZE é o que ele trouxe para mim mesmo, os aprendizados e o fortalecimento que tive", conta.


O single "Achados e Perdidos" é um relato muito sobre quem o cantor é e sobre o que ele enfrenta. " É incrível como ela mudou para mim conforme eu fui evoluindo enquanto pessoa e enquanto artista, escrevi em um momento muito difícil" explica o artista.


Processo criativo

VICCO conta que o seu processo criativo é mais um acontecimento. "Há dias em que eu acordo com uma letra ou melodia na cabeça e já corro salvar, mas tem dias que não consigo escrever nada. Eu digo que a minha inspiração vem das vozes da minha cabeça e é literalmente isso", relata o artista


Ouça o álbum completo:

KAMIKAZE on Spotify


Julie San Fierro conta um pouco mais sobre os bastidores do seu visual set, o Bestiário.

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